Cinza do tempo, sina dos dias.
O que seria do tempo?
Se não contássemos
Seus dias, suas horas,
seus ansiosos minutos...
Seus segundos intermináveis,
As semanas que não passam -
mas nos mata aquela palavrinha
que os ingleses invejam.
Pontuais ingleses:
Chá e relógios para não o perder.
Meses por semana:
30 em cinco...
E eu só.
Quando não,
Nos fazemos um de dois.
Dois dias e duas noites
E os meses passam...
As semanas passam
como meses,
E os meses passam.
Só não chega nem basta
O lirismo em um ser esculpindo-se
por dois.
Não cessa nem desgasta
quando passam as semanas
mensais de longas até
a presença se tornar dialética.
E o meu fim nos aproxima
em largo deleite
aos calores latentes de nossas almas.
Porém, sabemos da insuficiência do tempo
para estasiarmos um ao outro.
Somos dois, mas somos um:
aqui, ou no futuro, nossas auras
colidem em busca de um tempo,
de um dia, talvez dois.
Encontram-se onde não há contagem
das horas, e sim apenas um fluxo
atemporal cósmico regido por forças
incalculáveis alheias a nossa vontade;
Expandem a nossa vontade e à
nossa virtude sensível.
Eu não tenho tempo,
porque me bastam nossas horas...
- Rudá Khosrovani -
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A vaia é o meu combustível. a crítica o meu motor. o elogio o horror!
Para o pai dos "burros":
VAI.A (s.f.) Apupo, zombaria, chacota
"A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem."
- Nelson Rodrigues;
"Quem tem boca vaia Roma"
- Desconhecido
"Tenho orgulho de todas as vaias que recebi!"
-Gerald Thomas