MOSAICO TRÔPEGO

MOSAICO TRÔPEGO
PALHAÇOS - PIERRÔS - FUNÂMBULOS

08 junho, 2009

Cinza do tempo, sina dos dias.

O que seria do tempo?
Se não contássemos 
Seus dias, suas horas,
seus ansiosos minutos...

Seus segundos intermináveis,
As semanas que não passam -
mas nos mata aquela palavrinha
que os ingleses invejam.

Pontuais ingleses:
Chá e relógios para não o perder.

Meses por semana:
30 em cinco...

E eu só.
Quando não,
Nos fazemos um de dois.

Dois dias e duas noites
E os meses passam...
As semanas passam 
como meses,
E os meses passam.

Só não chega nem basta
O lirismo em um ser esculpindo-se
por dois.

Não cessa nem desgasta 
quando passam as semanas
mensais de longas até
a presença se tornar dialética.

E o meu fim nos aproxima
 em largo deleite
aos calores latentes de nossas almas.

Porém, sabemos da insuficiência do tempo
para estasiarmos um ao outro.

Somos dois, mas somos um:
aqui, ou no futuro, nossas auras
colidem em busca de um tempo,
de um dia, talvez dois.

Encontram-se onde não há contagem
das horas, e sim apenas um fluxo
atemporal cósmico regido por forças 
incalculáveis alheias a nossa vontade;
Expandem a nossa vontade e à
nossa virtude sensível.

Eu não tenho tempo,
porque me bastam nossas horas...

                        - Rudá Khosrovani - 

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