MOSAICO TRÔPEGO

MOSAICO TRÔPEGO
PALHAÇOS - PIERRÔS - FUNÂMBULOS

01 junho, 2009

E não é que perdi mesmo?

Eu perdi o meu medo, meu medo da chuva
dizia Raul, mas eu perdi o meu medo de amar...
Seja lá o que significa essa palavra.
Que mais banalizada está na boca do impúbere,
impuro, nós humanos, absurdos de um sem fim de ódios
nascidos na estrada da história...

Eu perdi o receio de dizer a quem amo e o porque...
Eu encaro a vida de frente agora, sem saber
se vão me querer por perto, eu quero a quem me faz bem
e o bem a quem me fez mal... E estar bem pra fazer muito
e bem, muitas decisões tomarei em minha vida, eu sei...

Eu perdi as estribeiras e não me contenho dentro de mim,
já nem conheço mais meu início ou fim,
daqui pra frente não vai ser tudo diferente.
Nem fazer tudo diferente, só não mais deixarei de amar.
De sentir os outros e me doar ao menor aviso de
um estímulo mútuo a caminho do lar
único em nossas almas: essa infinita cor da vida...

Eu perdi as palavras nas esquinas da emoção 
de encontrar uma cruel gratidão no olhar dos homens
que raiva sentiram de me verem crescer com amor...

Eu perdi as chances de ser eu mesmo em qualquer lugar,
mas agora não perco mais, são só questões banais:
o fato de serem os outros muito pouco perceptivos,
e o ato de abandonarem suas raízes abrasivas...

Eles perderam-me enquanto faziam suas coisas,
preocupados com os números sobre as mesas e 
estocando as plásticas idéias de um supérfluo 
audaz pedaço de papel em caixas de madeira ou metal.

Um comentário:

  1. Eu gostei, ela me lembra o autor nem sei porquê ou sei? Não sei. Rsrsr!!
    Ele é bem assim... profundo, mas suave e sensível. Bom!

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Para o pai dos "burros":
VAI.A (s.f.) Apupo, zombaria, chacota

"A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem."
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- Desconhecido

"Tenho orgulho de todas as vaias que recebi!"
-Gerald Thomas