MOSAICO TRÔPEGO

MOSAICO TRÔPEGO
PALHAÇOS - PIERRÔS - FUNÂMBULOS

25 outubro, 2009

Minha coca já tá no fim. Nem vi. Essa carreira de fossa. Essas palavras de merda... Essa melancolia dividida. Apazigua. Urra. Murra na minha fuça. Murmura bizarrices de brasa.

Acumula estrupício de pensamento. Sem amor cristão. Sem perdão de diabo. Nem abraço de bêbado. Lúgubre. Infinito. Mutável. Arredio de besta falida. Filha da lamúria diária. Das remelentas lembranças do sono digerido; da adoração lívida ao insensato; criseúntica...

Malurada uretrária pra lavrar desejo de peleja sexual,. Me acho via anal...

Me como e me dou pra ser abusado do ópio rancor.

Estupro uma cor de beirolas afins. Arranco as pregas do piano Yamaha assim: com gemidos estridentes que incomodam o sexo vizinho sem fim... de mim quero a sujeira de becos boqueteiros, com gozas jorradas nas pernas ou rostos nas sombras...

Encoxando os destinos sangrentos, amenos. A menos que não exista tremedeiras!

Sortidas nas beiras invisíveis do prazer imaterial e pecaminosamente santo...

De batina tesuda com a pica de pé, apontada pra boca do puto que habita as vestes dos segredos alheios?

Aaahhhh!

q delíciaaaaaaa..... zsdafgbshfepicuristahvbnsi eifhn nacx asiruaofundido wurifvh fb asoespíritoçlfv fd sfgavagabundorupd fjsestóicoaihnd gheedf;;;;;;;;

Dhodgozo sengmdsh gfim....;;?!@?@!??!@??????!!!!

23 julho, 2009

Os bilionésimos de Einstein.

sentimentos são perenes em mim...

decepções passageiras...

tão passageiras,
que por vezes chegam a durar talvez menos

do que a existência do bilionésimo desmedido por Einstein!

01 julho, 2009

O herói e o monstro...
...aqui, "dentro, bem (aqui)


O meu herói me sufoca
salta meu olhar e minhas
vidas, salva;


Discorda de mim
nos momentos
que
me
pedem pra fazer

o obriga
-tório ++++
o opera



++++da máquina cotidianal, analista,
!dos dias e vidas dos outros:


A D I A



adia o momento de meu monstro[
]nascer de novo?
Sim;

nascer de novo, Porquê???

Ele morreu um dia, diante da luz do sol
,mesmo ao sair dali, nuzinho....}


{em pêlo



- (...) do ventre de minha

alma ele, o monstro das entranhas e tripas salutares
interiores*


foi


A S S A
S
I
N
A
D
O;


fria-
mente...


pelo herói re-encarnado





Rudá Khosrovani -

18 junho, 2009

Oração do desespero inerte?



deixa, que a tristeza um dia vai se embora levando as lágrimas
que teimam em cair mais para dentro de seu coração do que para o mundo que não a percebe...

deixa, e vai ver as flores da próxima estação desabrocharem sem o vento seco do inverno pra atrapalhar
a sedução dos pólens e abelhas...

larga o sentimento nas coisas que mais deseja e caminha em direção ao encontro do que ama,
do que sente falta, sem perder o rumo e a alma entranhada nas músicas da sua vida...


empurra os armários e tira-os da frente da janela,
permita que o sol entre na sala e quartos das casas da sua mente...

muda, que a única atitude que nos faz humanos e preenche nossa vontade de viver é a capacidade
de mudança e adaptação às adversidades e dificuldades aos quais nos aproximamos
porque queremos ser testados e assim provar pra nós mesmos que podemos perder
e não sermos derrotados...

encuba o sentimento da alegria bem lá no fundo do poço das tristezas e finja não ouvir esta luta...



- Rudá Khosrovani -

08 junho, 2009

Cinza do tempo, sina dos dias.

O que seria do tempo?
Se não contássemos 
Seus dias, suas horas,
seus ansiosos minutos...

Seus segundos intermináveis,
As semanas que não passam -
mas nos mata aquela palavrinha
que os ingleses invejam.

Pontuais ingleses:
Chá e relógios para não o perder.

Meses por semana:
30 em cinco...

E eu só.
Quando não,
Nos fazemos um de dois.

Dois dias e duas noites
E os meses passam...
As semanas passam 
como meses,
E os meses passam.

Só não chega nem basta
O lirismo em um ser esculpindo-se
por dois.

Não cessa nem desgasta 
quando passam as semanas
mensais de longas até
a presença se tornar dialética.

E o meu fim nos aproxima
 em largo deleite
aos calores latentes de nossas almas.

Porém, sabemos da insuficiência do tempo
para estasiarmos um ao outro.

Somos dois, mas somos um:
aqui, ou no futuro, nossas auras
colidem em busca de um tempo,
de um dia, talvez dois.

Encontram-se onde não há contagem
das horas, e sim apenas um fluxo
atemporal cósmico regido por forças 
incalculáveis alheias a nossa vontade;
Expandem a nossa vontade e à
nossa virtude sensível.

Eu não tenho tempo,
porque me bastam nossas horas...

                        - Rudá Khosrovani - 

03 junho, 2009



                                 A

                               f

                                 u

                                   m

                                 a

                                    ç

                                       a

                                =o....s..e..d..u..z,

 



                                                                                        na bagunça da noite

                                                                                                                      e   p ou ca  l  u  z . . .

                                                                                                           Assim se faz o homem 
                                
                                                                                                                     que auto-abduz

                                                                                                           em suas entranhas 
 
                                                                                                                 o gozo indiscreto

                                                                                                        do tabaco

                                                                                                                    d
   
                                                                                                                 e

                                                                                                               c

                                                                                                           r

                                                                                                       e

                                                                                                    p

                                                                                                t

                                                                                             o.

01 junho, 2009

E não é que perdi mesmo?

Eu perdi o meu medo, meu medo da chuva
dizia Raul, mas eu perdi o meu medo de amar...
Seja lá o que significa essa palavra.
Que mais banalizada está na boca do impúbere,
impuro, nós humanos, absurdos de um sem fim de ódios
nascidos na estrada da história...

Eu perdi o receio de dizer a quem amo e o porque...
Eu encaro a vida de frente agora, sem saber
se vão me querer por perto, eu quero a quem me faz bem
e o bem a quem me fez mal... E estar bem pra fazer muito
e bem, muitas decisões tomarei em minha vida, eu sei...

Eu perdi as estribeiras e não me contenho dentro de mim,
já nem conheço mais meu início ou fim,
daqui pra frente não vai ser tudo diferente.
Nem fazer tudo diferente, só não mais deixarei de amar.
De sentir os outros e me doar ao menor aviso de
um estímulo mútuo a caminho do lar
único em nossas almas: essa infinita cor da vida...

Eu perdi as palavras nas esquinas da emoção 
de encontrar uma cruel gratidão no olhar dos homens
que raiva sentiram de me verem crescer com amor...

Eu perdi as chances de ser eu mesmo em qualquer lugar,
mas agora não perco mais, são só questões banais:
o fato de serem os outros muito pouco perceptivos,
e o ato de abandonarem suas raízes abrasivas...

Eles perderam-me enquanto faziam suas coisas,
preocupados com os números sobre as mesas e 
estocando as plásticas idéias de um supérfluo 
audaz pedaço de papel em caixas de madeira ou metal.

29 maio, 2009

Inesperada gael.

Embevecido pela descrença
de ver brotar uma nova plantinha
naquela terra árida e sem chuva,
o sertão de meu coração
agora sente o cheiro do dilúvio
distante e inequívoco.

E é uma tulipa vermelha
a germinar nesta vastidão.
Não tem os espinhos das rosas
mas imensidão de rochas,
se dificultam, ou milagre assemelha,
é impossível mensurar em vão.

Alugam os ouvidos dos mestres
artesãos do tempo, sim, os profetas
das caatingas profundas.
Advinhadores da colheita e 
colhedores dos cantos dos sabiás
que habitam a bio-diversidade da minha alma.

Ambos cantam meus poros,
insanam as impossibilidades
da discórdia racional-positiva...
A semente cai, rola entre a fresta
repartida do solo seco,
germina com a brisa do vento q traz a água
e acaba por dar vida
àquela tulipa:

dos cabelos vermelhos 
ao semblante lívido
das texturas delicadas
ao temperamento raro.

floresce uma inesperada gael:
tênue floema, perene rochasa.


- O Funâmbulo Trôpego -

27 maio, 2009

às tuas íris de doce semblante



                         somente essas infames 
  auspiciosas formas
  alimentam a 
  diabética alma com
  teu doce
  sorrir...
  é esse epicentro de marés

  salpicando um pobre músculo 
  desarmado e sem escolhas.

  descansa
  amansa
  encanta...
  sonha.

  Psicodeliza a mente em infortúnios 
  pen
  -sa
  -men
  -tos;
  todos livres.
  surpreendi-os.
  -me.
  Ascendi ao ilusório perpétuo 
  dentro da casca marrom nas
  frestas luminescentes e mudas;

  mudas tu,
  o meu eu.
  quando o
  olhas, diz:
  desperta,
  pétala de
  luz - floresça
  a lua em 
  teu lar
  mais íntimo.